Nos
últimos anos a educação especial vem passando por um movimento de transição e
adotando a abordagem inclusiva.
Nessa
perspectiva, colocamos que a diversidade não diz respeito só a pessoas, mas a
toda a escola que, pelas regras, deve acolher a todos, potencializar
descobertas e proporcionar a busca de aprendizagem no grupo, na troca, pela
negociação dentro de estruturas, como ponto de fortalecimento do indivíduo e
abertura de processos para a construção da identidade.
Incluir
a todos não basta. É necessário elucidar percursos de construção do indivíduo
na escola; perceber como o aluno com deficiência intelectual convive com as
regras que o envolvem; e, ainda, identificar os caminhos e decisões
educacionais. Esta questão, importante para qualquer aluno, é de fundamental
relevância para aquele com deficiência intelectual, que precisamente pela
dificuldade em entender processos e regras da escola, pode se tornar refém da
estrutura educacional.
Neste sentido, a
investigação pedagógica é necessária e essencial, para elaborar estratégias educacionais
que atendam de fato, à maneira como o aluno processa e constrói seu pensamento.
Perceber suas necessidades é o primeiro passo para ajudá-lo a se integrar e ser
estimulado no ambiente escolar.
O plano de ação
pedagógica deve centrar-se no contato e interação do aluno com o outro, na
utilização de ferramentas como o computador, na intermediação lúdica, tendo
como foco a aprendizagem através do jogo espontâneo; e, da relação com o colega
e com os materiais adequados. Assim de forma mais agradável, o aluno poderá
vivenciar situações de aprendizagem que possibilitem a elaboração do
pensamento.
Uma das atribuições
do professor do atendimento educacional especializado é a Educação para a
Autonomia. Isso diz respeito ao desenvolvimento de estratégias que auxilie o
aluno no processo de escolarização, visando à eliminação de barreiras de
qualquer natureza, que dificulte ou impeçam a aprendizagem para torná-lo mais
independente possível nas várias tarefas do cotidiano escolar.
Assim as barreiras enfrentadas pelos alunos com deficiência intelectual
diferem muito das outras deficiências. Para rompê-las é necessário ter uma
prática pedagógica dinâmica e colaborativa. As propostas de aprendizagem devem
ser significativas para que possa se identificar com o conhecimento e expandir
sua relação com o mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário