segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Desvelando a Deficiência Intelectual e as Estratégias de Aprendizagem

Nos últimos anos a educação especial vem passando por um movimento de transição e adotando a abordagem inclusiva.
Nessa perspectiva, colocamos que a diversidade não diz respeito só a pessoas, mas a toda a escola que, pelas regras, deve acolher a todos, potencializar descobertas e proporcionar a busca de aprendizagem no grupo, na troca, pela negociação dentro de estruturas, como ponto de fortalecimento do indivíduo e abertura de processos para a construção da identidade.
Incluir a todos não basta. É necessário elucidar percursos de construção do indivíduo na escola; perceber como o aluno com deficiência intelectual convive com as regras que o envolvem; e, ainda, identificar os caminhos e decisões educacionais. Esta questão, importante para qualquer aluno, é de fundamental relevância para aquele com deficiência intelectual, que precisamente pela dificuldade em entender processos e regras da escola, pode se tornar refém da estrutura educacional.
Neste sentido, a investigação pedagógica é necessária e essencial, para elaborar estratégias educacionais que atendam de fato, à maneira como o aluno processa e constrói seu pensamento. Perceber suas necessidades é o primeiro passo para ajudá-lo a se integrar e ser estimulado no ambiente escolar.
O plano de ação pedagógica deve centrar-se no contato e interação do aluno com o outro, na utilização de ferramentas como o computador, na intermediação lúdica, tendo como foco a aprendizagem através do jogo espontâneo; e, da relação com o colega e com os materiais adequados. Assim de forma mais agradável, o aluno poderá vivenciar situações de aprendizagem que possibilitem a elaboração do pensamento.
Uma das atribuições do professor do atendimento educacional especializado é a Educação para a Autonomia. Isso diz respeito ao desenvolvimento de estratégias que auxilie o aluno no processo de escolarização, visando à eliminação de barreiras de qualquer natureza, que dificulte ou impeçam a aprendizagem para torná-lo mais independente possível nas várias tarefas do cotidiano escolar.
Assim as barreiras enfrentadas pelos alunos com deficiência intelectual diferem muito das outras deficiências. Para rompê-las é necessário ter uma prática pedagógica dinâmica e colaborativa. As propostas de aprendizagem devem ser significativas para que possa se identificar com o conhecimento e expandir sua relação com o mundo.
A inclusão de alunos com deficiência intelectual é benéfica, não somente para eles, mas para a escola e todos os alunos, pois “fornece um contexto privilegiado para a construção de novos conhecimentos e estratégias” (MANTOAN, 1997, p. 70).

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